terça-feira, 13 de maio de 2008

CUIDADO COM AS DROGAS...



.:: Cuidado com as DROGAS!!! ::..

Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de " experimenta, depois, quando você quiser, é só parar... " e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz da terra ", que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do "Chitãozinho& Xororó" e em seguida um do "Leandro e Leonardo".
Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei a chamar todo mundo de
"Amigo " e acabei comprando pela primeira vez. Lembro que cheguei na loja e pedi: - Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano.
Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... "Banda Eva ", "Cheiro de Amor", "Netinho", etc.! Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: "É o Tchan", "Companhia do Pagode", "Asa de Águia " e muito mais.
Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu
queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu " amigo " me deu o que eu queria: um Cd do " Harmonia do Samba ". Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela!
Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais... Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência.
Fui ao show de encontro dos grupos " Karametade " e " Só pra Contrariar ", e até comprei a Caras que tinha o " Rodriguinho " na capa.
Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito! em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma " música " que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos fazíamos sinais combinados.
Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea
"As Melhores do Molejão ". Foi terrível !! Eu já não pensava mais!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas " miseráveis " e letras pouco arrojadas.
Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada.
Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar " Popozudas ", " Bondes ",
" Tigrões ", " Motinhas " e " Tapinhas ". Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saia a noite para as festas pedia tapas na cara e
fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas; uns nobres queriam me mostrar o " caminho das pedras ",
outros extremistas preferiam o " caminho dos templos ".
Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.
Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram única coisa que poderiam ter feito por mim.
Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock,
Progressivo e Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga.Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.
Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente.
Em vez de encher a cabeça com porcaria, pra! tique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte:

1. Não ligue a TV no Domingo a tarde;
2. Não escute nada que venha de Goiânia ou do Interior de São Paulo;
3. Não entre em carros com adesivos "Fui... "
4. Se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa
da Hebe ou se apareceu no Sabadão do Gugu;
5. Mulheres gritando histericamente é outro indício;
6. Não compre nenhum CD que tenha mais de 6 pessoas na capa;
7. Não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados;
8. Não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo;
9. Não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil; e Não escute nada que o autor não consiga uma concordância verbal mínima.
Mas, principalmente, duvide de tudo e de todos.


A vida é bela!
Eu sei que você consegue!
Diga não às drogas!

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